Estudos Dispensacionais

 

Que a Graça e a Paz do Senhor esteja com todos; queridos irmãos estaremos disponibilizando nesta página alguns artigos e estudos sedo escritos ou em aúdio, de forma semanal, participe com seus comentários.

 

SENDA DA GRAÇA

Por Cal Bodeutsch

O caminho de Deus para a vida Cristã triunfante

Este estudo é para todos aqueles Cristãos que têm tentado viver a vida Cristã e têm fracassado. É também para aqueles que crêem que há mais para a vida Cristã mas não sabem o quê e como conseguir. A leitura deste estudo não o tornará mais espiritual mas mostrar-lhe-á como Deus o pode fazer.

Começando com um fundamento bíblico sólido e prático A SENDA DA GRAÇA distingue a responsabilidade de Deus da nossa, no processo da maturidade espiritual. A SENDA DA GRAÇA é um caderno de exercícios. A SENDA DA GRAÇA é um diário. A SENDA DA GRAÇA é o caminho de Deus para uma vida Cristã bem sucedida.

Cal Bodeutsch é pastor há mais de 30 anos. É casado há mais de 35 anos e tem 3 filhos adultos – Tiersa, Eric e Kristie. No seu tempo livre escreve e prega em Conferências. Cal focaliza o seu ministério na obra do Espírito Santo e na Palavra de Deus na vida do crente. A sua paixão é ver os crentes crescerem espiritualmente.

“Uma leitura obrigatória para quem quer saber como viver a vida Cristã no contexto da graça.” Williamae Myers, consultor Gospel Light.


AGRADECIMENTOS

Muitas pessoas têm-me influenciado no meu andar com Deus. Desde os meus piedosos pais, Ken e Kay, até aos nossos filhos, Tiersa, Eric e Kristie, cada um contribuiu, de alguma forma, para o meu conhecimento e dependência da graça de Deus. Sinto-me especialmente endividado para com vários pastores que têm andado comigo na Senda da Graça. Estou grato aos pastores Tim Heath, Harold Collins, Cliff Tulsie e Dan Meininger, pelo seu ensino e viver na Senda da Graça.

Finalmente gostaria de agradecer às pessoas que têm trabalhado comigo na escrita da Senda da Graça. Lyn Whitham é uma editora de editores. Ela encontrou regularmente erros nas minhas páginas “perfeitas”. Faith Desmarais também me ajudou muito, encorajando-me a prosseguir com a publicação.

Todo o louvor, ao fim e ao acabo, pertence a Deus. Tudo o que sou e tudo o que faço devo à graça de Deus. “... pela graça de Deus sou o que sou; e a Sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo” (1 Coríntios 15:10).


PREFÁCIO

Na Senda da Graça, descobrirá uma nova abordagem estimulante a respeito de como se deve viver a vida Cristã.

No início deste estudo, quatro verdades fundamentais são discutidas pelo autor. Estas verdades constituem o âmago do entendimento de como funciona a vida Cristã.

Primeiro temos de entender que todos os dons de Deus são dados pela Sua graça. Segundo, temos de entender o inimigo que está dentro de nós, a carne. Terceiro, temos de entender que o que Deus requer de nós é confiança n’Ele para que seja produzida piedade dentro de nós. Finalmente, a virtude inicial que nos é requerida é a humildade.

Nesta abordagem estimulante à piedade, o autor desenvolve o Paradigma da Graça.

Depois de ler este estudo, descobrirá, como eu descobri, um novo desafio estimulante à sua vida.

 

Daniel C. Bultema
Grace Publications


INTRODUÇÃO


Este estudo é escrito aos novos Cristãos, aos que instruem os novos Cristãos e aos que estagnaram como novos Cristãos. Este é um estudo discipular, escrito a partir de um paradigma da graça. Enquanto outros materiais de discipulado preferem abordar a vida Cristã através da perspectiva do “fazer”, este estudo explica a vida Cristã do ponto de vista do “ser”.

Como pastor e conferencista fiquei decepcionado com a falta de bom material de discipulado que explicasse como a vida Cristã funciona. Várias pessoas têm procurado o meu conselho ao longo dos anos sobre como viver a vida Cristã. Elas já ouviram o “esforça-te mais” dos pastores, amigos e outros Cristãos e isso não tem ajudado. As questões do pecado ainda ficam por resolver a despeito dos seus melhores esforços.

Cheguei à conclusão de que mais esforço não é a resposta, sendo, de facto, uma grande parte do problema. A vivência da vida Cristã não é resultado das nossas boas obras, como acontece igualmente com a nossa salvação. Mais esforço para nos salvarmos só nos arrasta para fora da graça de Deus. Do mesmo modo, tentar viver a vida Cristã na energia da carne só frustra a graça de Deus na nossa vida.

No início deste estudo quatro verdades fundamentais são discutidas. Estas verdades constituem o âmago da compreensão de como funciona a vida Cristã. Primeiro, temos de compreender que todos os dons de Deus são dados pela Sua graça. Isto inclui todas as virtudes e bênçãos que vêm a nós quando nos rendemos à obra do Espírito Santo dentro de nós. Segundo, temos de entender o inimigo que está dentro de nós, a carne. A carne pode assumir diferentes formas, mas todas matam a operação do Espírito Santo. Terceiro, temos de entender que o que Deus requer de nós é confiança n’Ele para que seja produzida piedade dentro de nós. A falta de confiança em Deus levar-nos-á a ser instáveis no nosso relacionamento com Deus. Finalmente, a virtude inicial que nos é requerida é a humildade. Sem a humildade firmemente no lugar, Deus resistirá às nossas tentativas ego-centradas de nos tornarmos mais piedosos.

A segunda parte do estudo, que começa no capítulo cinco, faculta os elementos básicos da obra do Espírito Santo nas nossas vidas para a criação e manutenção do crescimento espiritual. Qual é a responsabilidade de Deus e qual é a nossa? Se tentarmos fazer a parte de Deus, fracassaremos. Se não fizermos a nossa parte, fracassaremos. O crescimento espiritual não é da responsabilidade exclusiva de Deus (Deixa andar que Deus operará!), nem é da nossa responsabilidade exclusiva (faz algo, mesmo que errado!). Nós descobrimos que a vontade de Deus, relacionada com o nosso crescimento espiritual, baseia-se na Palavra de Deus.

Este estudo nasceu do desespero. O evangelista Art Fowler pediu que discipulasse Robbie Knievel, o Motociclista Voador recordista mundial. Robbie quis saber como a vida Cristã funcionava. Nada do que eu conseguia encontrar satisfazia a necessidade, por isso escrevi uma nova lição cada semana. Essas lições tornaram-se a base deste estudo.

* Uma vez que reconheçamos a nossa total fraqueza temos três opções:
a) Podemos tentar viver com mais esforço a vida Cristã sob o legalismo.
b) Podemos desistir, dizendo que a vida Cristã não funciona.
c) Podemos ser quebrantados por Deus e começarmos a viver pela graça.

** O orgulho espiritual é sempre um perigo para os crentes piedosos, mas é opcional. Se Satanás não o pode impedir de se tornar piedoso, ele tentará destruí-lo tentando torná-lo orgulhoso disso.


CAPÍTULO 1

O PARADIGMA LEGALISTA


"Este estudo ilustra dois caminhos muito diferentes, que o crente que procura crescimento espiritual pode trilhar."

Dois Cristãos, o Jorge e o João, têm duas ideias diferentes quanto ao que consiste a vida Cristã. Para o Jorge o Cristianismo tem tudo a ver com a tentativa de se viver ao nível dos padrões estabelecidos pelos Dez Mandamentos. Mas para o João o Cristianismo é o gozo de um relacionamento íntimo com Deus. O Jorge é motivado pela culpa e pelo medo, o João pelo amor. O Jorge avalia a sua espiritualidade pelo número de vezes que pecou na semana transacta, enquanto que o João concentra-se em conseguir conhecer Deus melhor. O Jorge está refém do paradigma legalista.

Este estudo ilustrará dois caminhos muito diferentes que o crente que procura o crescimento espiritual pode trilhar. Penso que a representação gráfica colocada atrás ajuda a ilustrar a diferença entre os paradigmas legalista e da graça. Ambos começam no mesmo ponto, onde o crente tem o desejo de crescer espiritualmente, mas terminam totalmente de modo diferente. Um termina com “Tudo o que Deus nos quer dar diariamente,” o outro acaba por resultar em frustração e fracasso. O caminho que tomamos para a vivência da vida Cristã faz alguma diferença? Toda, absolutamente!

Ambos os caminhos começam com a salvação pela graça, por meio da fé. Isto elimina os descrentes do processo do crescimento espiritual. Se o leitor ainda não recebeu o maravilhoso dom da vida eterna, então porque não o recebe agora? Eis no que tem de crer: Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou da sepultura ao terceiro dia (1 Coríntios 15:2-4). A Bíblia declara que o pagamento do pecado é a morte (Romanos 6:23). Jesus Cristo efectuou este pagamento por si quando morreu na cruz. Baseado na acção de Cristo, Deus quer oferecer-lhe o dom da salvação.

23/09/2013 Novo

SENDA DA GRAÇA - II

"Deus quer dar-lhe o dom da salvação.”

Ao confiar no fato de que Jesus Cristo morreu e efetuou o pagamento dos seus pecados e ressuscitou ao terceiro dia do sepulcro, o leitor torna-se filho de Deus. Ao receber Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, o leitor passa da morte para a vida. Sussurre uma oração a Deus. Reconheça que peca, que não é perfeito. Concorde com Deus de que não consegue viver ao nível do Seu padrão de perfeição. Diga a Deus que coloca a sua confiança completa em Cristo, e apenas n’Ele, para a obtenção do perdão dos seus pecados e a recepção da vida eterna. A Bíblia diz, “... a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome” (João 1:12). Para se correr uma corrida, primeiro é preciso começar a corrida. Aparte da salvação somente pela graça, somente pela fé, somente em Cristo, não podemos entrar nas bênçãos que Deus tem para nós.

Ambos os caminhos incluem igualmente o desejo de crescimento espiritual. O crente que ainda não se rendeu ao incitamento e incentivo do Espírito Santo para desejar viver piedosamente, não terá qualquer interesse nas coisas espirituais. Alguns diriam que alguém que não tenha o desejo de viver uma vida santa não está realmente salvo. Eu discordaria por duas razões. Primeiro os crentes têm a capacidade de extinguir a obra do Espírito Santo. A nossa carne não tem nenhum desejo de servir a Deus, por isso as pessoas que extinguem a obra do Espírito Santo ficam sem qualquer desejo interior ou motivação para prosseguir no seu relacionamento com Deus. Como resultado as pessoas salvas podem deixar de crescer espiritualmente. Enquanto uma pessoa não se render novamente à obra do Espírito Santo no seu interior, permanecerá no estado de infância espiritual.

“É bastante fácil definir o legalismo, mas quase impossível de detectá-lo em nós.”

Segundo, a minha experiência, tanto pessoalmente como pela observação noutros, tem validado esta verdade. Há ocasiões na minha vida em que eu tenho ignorado o incitamento e incentivo do Espírito Santo. Deus nunca me abandonou nessas alturas. Satanás levou-me a duvidar se eu era realmente salvo. Ele segredou aos meus ouvidos, “Tu não podes ser um Cristão e fazer isso!” Mas a nossa salvação não se baseia no que fazemos, mas no que somos em Cristo. Nós somos filhos de Deus por declaração de Deus (João 1:12). Tanto o caminho do legalismo como o da graça começam com a mesma crença na obra salvadora de Cristo Jesus nosso Senhor. Mas separam-se ali.

O que é o legalismo?

Uma vez que temos usado a palavra “legalismo”, definamos o seu significado. Legalismo é o esforço do homem em procurar ganhar a aprovação ou bênçãos de Deus. Os Gálatas eram legalistas que criam que a vivência da vida Cristã era uma questão de se guardar umas leis, em vez de se ser guiado pelo Espírito. É bastante fácil definir o legalismo, mas é quase impossível de detectá-lo em nós. Eu nunca encontrei um legalista que admitisse ser legalista. Portanto, o teste que determina se alguém é legalista não é o que se diz, mas o que se faz. Há algumas evidências claras de legalismo.

1. Colocar o comportamento exterior diante da mudança interior.

O legalismo centraliza-se nas ações das pessoas. Desde que as pessoas se comportem de modo aceitável, são consideradas espirituais.
Se alguém tem um problema visível que pareça pecado, então não é espiritual. Por conseguinte, o enfoque do legalismo é requerer que os Cristãos atuem corretamente em público, a despeito do que esteja a acontecer nos seus corações.

 

SENDA DA GRALA - III

2. Substituir a direção do Espírito Santo por ditames do homem.

O legalismo acrescenta aos pecados mencionados na Bíblia criando novos pecados fabricados pelo homem. Estes novos pecados são atividades que alguém tem determinado serem perigosas para o nosso testemunho Cristão, tendo por base o padrão de comportamento de alguém. O legalismo cria uma lista de “Não faças isto” assumindo a mesma autoridade que as Escrituras inspiradas e eliminando a necessidade do Espírito Santo nos mostrar pensamentos, atitudes ou ações que Lhe desagradem.

3. Tentar fazer na nossa própria força o que só Deus pode realizar.

     O legalismo centraliza-se no auto controle do indivíduo. “Esforça-te mais” torna-se no desafio de cada sermão. Os artifícios feitos pelo homem visam, supostamente, ajudar-nos a cumprir as nossas promessas a Deus. Nunca necessitamos de chegar ao ponto em que reconhecemos que não conseguimos fazer a vontade de Deus e em que nos dirigimos humildemente a Ele para conseguirmos o Seu poder.

4. Fazer com que os outros vivam ao nível do padrão de Deus.

     Ameaças de expulsão da igreja são emanadas a fim de forçar os Cristãos a obedecer às regras. Não interessa se essas leis são de Deus ou suas.


“Quando a espiritualidade é determinada com base na obediência, então um coração rebelde pode passar despercebido.”


     A pressão da liderança é necessária para a igreja glorificar a Deus. O fato de Deus ter dado líderes à igreja é tomado como prova de que esses líderes devem fazer cumprir as regras que são consideradas necessárias.

5. Colocar a obediência diante da submissão ao Espírito Santo.

     A submissão é uma mudança de coração; a obediência é uma mudança de comportamento. Quando a espiritualidade é determinada com base na obediência, então um coração rebelde pode passar despercebido. Posteriormente, este coração rebelde pode vir à superfície, surpreendendo toda a gente. Muitos Cristãos, que eram ativos na sua igreja local abandonaram-na porque nunca lhes foi ensinada a submissão ao Espírito Santo, mas apenas a obediência.

6. Amar as pessoas condicionalmente com base no desempenho ou na aparência.

     As aparências significam tudo para os legalistas porque o legalismo concentra-se no exterior. O estilo de vestuário usado, as palavras proferidas e os estabelecimentos comerciais visitados, tudo deve conformar-se com a definição que alguém faz de apropriado. O amor e a aceitação estão condicionados no quão bem se vive ao nível do padrão de alguém. O desempenho do crente está sempre a ser avaliado, deixando a pessoa insegura sobre a sua posição dentro da igreja. 

 

A Senda da Graça (IV)

“Quando os Cristãos partilham a sua fraqueza e fracasso pessoal, um ambiente legalístico instigará o juízo e a condenação.” 7. Conformar com os costumes de uma cultura religiosa em vez de com a direcção de Deus.

     Uma palavra-chave no conceito do legalismo é a palavra “conformar.” O crente está concentrado em não fazer o que uns se têm determinado como mundanos, e em fazer o que outros se têm determinado como piedosos, actuando assim de um modo aparentemente correcto. Os que se conformam com a norma da igreja são considerados piedosos. Por conseguinte, muitos dos que são considerados piedosos não têm nenhum conceito do que significa ser guiado por Deus.

8. Concentrar na imagem do grupo, não nas necessidades do indivíduo.

     Os Cristãos que não se submetem à direcção do Espírito Santo reflectem muitas vezes a sua dor através de comportamento exterior negativo. O legalismo cria um ambiente em que está correcto crer que a existência de pessoas magoadas dentro da igreja dão uma má aparência à igreja. As pessoas magoadas muitas vezes agem iradamente ou de formas perturbadoras. Em vez de procurar ajudar as pessoas magoadas, o ambiente legalista procura removê-las. No legalismo não existe misericórdia nem graça.

9. Desonestidade entre Cristãos Sinceros.

     Quando os Cristãos partilham a sua fraqueza e fracasso pessoal, um ambiente legalista instigará o juízo e a condenação. O Cristão que se debate com lutas enfrenta um dilema.


“Uma vez que o legalismo se concentra apenas na obediência, os Cristãos nunca crescem no seu relacionamento de amor com Deus.”


     Os Cristãos devem ser honestos e admitir as suas faltas ou devem escondê-las e pretender que estas não existem? A maioria das vezes os Cristãos colocam a sua máscara espiritual em vez de enfrentarem a desaprovação dos seus líderes e de outros membros da igreja.

10. Motivado pela culpa.

     Uma vez que o legalismo se concentra apenas na obediência os Cristãos nunca crescem no seu relacionamento de amor com Deus. Sem amor piedoso para motivar os crentes, os líderes legalistas têm de recorrer à culpa. Um legalista dirá coisas como, “Depois de tudo o que Cristo fez por ti, tens para com Ele a obrigação de fazer ...” Isto implica que os Cristãos espirituais fazem as coisas que os seus líderes querem, cumprindo uma obrigação para com Deus.

11. Quantidade, não qualidade de ministérios.

     O crescimento espiritual é uma obra de Deus dentro de nós que é progressiva e lenta. Não existem atalhos para a maturidade espiritual. O legalismo é uma tentativa de contornar o processo de crescimento espiritual com Cristãos que “aparentam espiritualidade”. Para conseguirem esta aparência os legalistas têm de deslocar o seu enfoque para algo que possam ver e quantificar. O critério para a espiritualidade começa com a palavra, “Quantos ...”

• A quantos cultos assistiu semanalmente?
• Quantos minutos passou a ler a Bíblia e a orar?
• A quantos indivíduos testemunhou durante a semana?
• Quantos ministérios ou posições suportou?

 

A Senda da Graça (V)

“O legalismo procura corrigir imediatamente todos os erros em vez de dar tempo a Deus para operar nos corações das pessoas.”

     Os líderes legalistas não estão, eles próprios, isentos da tirania do “Quantos?”

• Quantos cultos no Domingo de manhã?
• Quantos vieram à igreja Domingo à noite?
• Quantos vieram à frente ou foram baptizados?
• Quantos graus o gráfico subiu?


12. Serviço de lábios ao Espírito Santo.

     Visto que existem tantas passagens das Escrituras que declaram que o Espírito Santo é o poder de Deus que nos conduz e capacita a viver vidas piedosas, o legalista tem de concordar com a palavra de Deus. Por causa desta concordância com as Escrituras, os legalistas não pensam que são legalistas. Contudo, eles apenas estão a prestar um serviço de lábios ao Espírito Santo. Não ouvirá o legalista dizer: “Vá para casa e ore sobre esta decisão e faça o que sentir que o Espírito Santo lhe disser para fazer.” Em vez de dirigirem as pessoas para o Espírito Santo, os legalistas substituem-se ao Espírito Santo, dizendo aos outros Cristãos como eles devem viver as suas vidas.

13. Assentar no negativismo.

     O legalismo centraliza-se em determinar quais as questões ou acções que são inaceitáveis e depois cria regras para evitar o inaceitável e corrigir o que está errado nas vidas dos outros Cristãos. O legalismo procura corrigir imediatamente todos os erros em vez de dar tempo a Deus para operar nos corações das pessoas. Esta filosofia conduz a uma atitude de cruzada contra o mal real ou aparente.


“Deus tenta levar-nos ao ponto de quebrantamento de modo a nos volvermos para Ele com o fim de vivermos a vida Cristã de modo correcto”.


     Se uma organização legalista tem uma publicação, os artigos principais tratam de pessoas, organizações ou estilos sociais a que se opõe. Os sermões são negativos sob os auspícios da pregação contra o pecado. Os membros da congregação vivem com medo de serem o alvo seguinte da lista. Discordar da liderança é a forma mais rápida de ser incluído na lista e de ser tornado parte do “mal.”

     O lado esquerdo da representação gráfica anteriormente mostrada apresenta a senda do legalismo. O legalismo está enraizado  no orgulho porque se baseia no nosso desejo natural de sermos nós a fazer a obra de Deus.

Nós queremos ser espirituais, de modo que faremos as coisas que nos tornarão espirituais. Queremos viver a vida Cristã em vez de permitirmos que Deus viva a vida Cristã em nós.

     Quando estamos dependentes de nós mesmos, agimos na nossa própria força. Esta “energia da carne” pode perdurar por um tempo, mas não substitui o poder de Deus. Os que têm maior poder de vontade podem perdurar mais tempo, mas no fim os nossos esforços não nos conseguirão dar o que desejamos – as bênçãos de Deus.

     Eu tenho ouvido (e pregado – é triste dizer) mensagens sobre crescimento em amor, o que é bom, mas depois assistido ao poder da mensagem diminuir com as palavras, “Agora vamos agir e tentar e esforçarmo-nos mais por sermos mais amorosos.” Então quando falhamos, e falhamos inevitavelmente, sentimo-nos mais culpados por não fazermos o que sabemos que deveríamos fazer.

A Senda da Graça (VI)

“Enquanto o legalismo se baseia no orgulho, a graça baseia-se na humildade.”

Deus sabe que tentaríamos viver a vida Cristã e falharíamos. Por isso deu-nos o Seu Espírito Santo para nos mostrar o erro dos nossos caminhos. Isto é bom! A forma como o Espírito Santo faz esta correcção é por meio de provas e tribulações na nossa vida. Isto já não é tão bom! Mas de facto é bom! Deus tenta levar-nos ao ponto de quebrantamento de modo a nos volvermos para Ele com o fim de vivermos a vida Cristã de modo correcto.

Muitas vezes o nosso orgulho não nos permite ser quebrantados por meio do processo de provas e tribulações. Lançamos mão de outras opções. Podemos chegar à conclusão que temos sido fracos e que precisamos de ser mais fortes. Assim esforçamo-nos mais! O problema é que isso coloca-nos no topo da senda legalista, ao esforçarmo-nos mais por vivermos para Deus por meio dos nossos próprios esforços. Isto tem-se tornado num círculo vicioso para alguns Cristãos.

Uma outra opção para o Cristão legalista é simplesmente o abandono ou a desistência. O seu slogan é “O Cristianismo não funcionou comigo!” Conheço muitos indivíduos assim. Eles têm ficado desanimados e desalentados com o seu fracasso em viver a vida Cristã. Na aparência exterior eles pareciam ser Cristãos fortes, mas interiormente sabiam que eram um fracasso. Um dia lançaram a toalha ao chão e desistiram da vida Cristã. O seu desejo de crescer espiritualmente foi destruído pelo fracasso. Eles foram verdadeiramente salvos, mas a senda que lhes foi mostrada não podia produzir verdadeira piedade. Não os culpo; condoo-me por eles. Culpo os que os conduziram à senda da ruína. Mas depois também me condoo destes líderes cegos porque eles estão simplesmente a repetir as lições aprendidas de outros ensinadores.


“Quando nos apresentamos humildemente diante de Deus e reconhecemos a nossa fraqueza e buscamos o Seu poder, O Espírito Santo fica livre para operar a nosso favor.”


Em contraste com a senda da “rotura” está a senda da “bênção”, do lado direito, retratando a via para o verdadeiro crescimento espiritual. Enquanto o legalismo se baseia no orgulho, a graça baseia-se na humildade. Lemos duas vezes no Novo Testamento que “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (1 Pedro 5:5; Tiago 4:6). A humildade admite, “Eu não consigo. Não consigo viver a vida Cristã por mim mesmo. Sou incapaz e estéril, aparte de Deus.” Isto soa severo? Soa! Mas esta verdade é o próprio fundamento sobre o qual a vida Cristã se constrói.

Enquanto não chegarmos ao ponto, no nosso andar com Deus, em que reconhecemos a nossa incapacidade, continuaremos a tentar a esforçarmo-nos. A auto-suficiência não operou a nossa salvação, nem operará o nosso crescimento Cristão.

Uma vez em atitude de humildade, chegamos ao ponto da dependência total da graça de Deus, começamos a depender do poder de Deus para nos conduzir à maturidade espiritual. Nunca nos é dito na Palavra de Deus para reunirmos poder para viver para Deus. É-nos dito para confiarmos em Deus, não para nos esforçarmos mais. O poder de Deus é o único poder suficientemente grande para vencer a oposição de Satanás. O poder de Deus só nos é dado quando estamos fracos e quebrantados, quando nos queremos sujeitar à vontade de Deus para as nossas vidas (2 Coríntios 12:9,10).

Quando nos apresentamos humildemente diante de Deus e reconhecemos a nossa fraqueza e buscamos o Seu poder, O Espírito Santo fica livre para operar a nosso favor. Se aprender apenas uma verdade neste estudo, oro para que seja que a vida Cristã é o resultado do Espírito Santo operar em nós.

 

A Senda da Graça (VII)

“Quando compreendemos a graça de Deus a nossa compreensão produz a alegria de Deus”.

Quando nos rendemos ao Espírito Santo celebramos vitória sobre o pecado. Experimentamos o fruto do Espírito a operar em nós. Desfrutamos de um relacionamento íntimo com Deus que enche os nossos corações de amor por Ele e pelos outros. Existe um perigo. Podemos começar na senda da bênção da vivência pela graça e sermos aliciados a atravessar a senda da rotura. Aconteceu aos crentes na igreja Galaciana (Gálatas 5:4). Podemo-nos tornar orgulhosos do nosso crescimento espiritual que foi conseguido pelo Espírito Santo. O orgulho mover-nos-á sempre de forma instantânea para a senda da rotura. Então descobrimos que precisamos do nosso orgulho para sermos de novo quebrantados antes de Deus poder continuar a moldar-nos pela Sua graça. Oro para que este estudo lhe seja útil, escutando a direcção do Espírito Santo relativamente ao seu crescimento espiritual. Quando compreendemos a graça de Deus a nossa compreensão produz a alegria de Deus. Eu desejo-lhe alegria!


QUATRO PEDRAS FUNDAMENTAIS

 

   

 

Está pronto para reconhecer Deus, e quanto a si mesmo, a sua incapacidade de viver a vida Cristã? Deus quer viver a Sua vida em e através de si, mas deve afastar-se e permitir que Ele lhe dê o poder. Passe algum tempo em oração, humilhando-se diante de Deus e permitindo que o Espírito Santo dirija os seus pensamentos para Ele.


QUESTÕES E DEBATE

1. Quando morrer sabe, com certeza, onde passará a eternidade e porquê?

2. Este a imagem gráfica inicial do estudo e avalie a sua experiência Cristã. De que lado do gráfico se coloca? Porquê?

3. Defina legalismo.

4. Que evidências de legalismo tem visto em si?

5. Porque é que o legalismo é um impedimento à verdadeira espiritualidade?



PROJECTO:

Medite no conteúdo deste capítulo. Peça a Deus que lhe revele onde o legalismo tem contaminado a sua compreensão da vida Cristã. Confesse essas coisas como pecados (errar o verdadeiro alvo) e abandone-as.

 

A Senda da Graça (VIII)

 

CAPÍTULO 2

E AGORA? MAIS GRAÇA!

"O relacionamento que começámos no momento da salvação é apenas o início. Deus quer que agora esse relacionamento se aprofunde e cresça.”
 

     Quando recebemos Cristo como nosso Salvador, recebemos o maior dom de Deus. Começámos a grande aventura de seguir Jesus Cristo. Também começámos um relacionamento com Jesus. Todos os nossos pecados – passados, presentes e futuros – agora estão perdoados. Deus chama-nos Seus filhos e Ele é nosso Pai. Nada jamais pode mudar isso! Deus nunca voltará com a Sua palavra atrás. A vida eterna já é nossa neste momento e o céu será nosso por toda a eternidade.

     Mas o que podemos não ter consciência é que embora a salvação seja o maior dom de Deus, não é a única dádiva que Ele nos dá. Deus tem um enorme depósito de dádivas para tomarmos. O relacionamento que começámos no momento da salvação é apenas o início. Deus quer que agora esse relacionamento se aprofunde e cresça. Ao progredirmos na nossa jornada espiritual, Deus concede-nos muitos dons ao longo do caminho. Todas as dádivas vêm até nós pela graça de Deus, e são todas recebidas pela fé.

     O propósito deste estudo é ajudar-nos neste crescimento espiritual de modo a podermos descobrir mais dos dons de Deus. Cada lição leva-nos a dar mais um passo na floresta das bênçãos de Deus. A jornada está repleta de perigos e muitos caiem à beira do caminho. Satanás quer impedir-nos, e até alguns Cristãos bem-intencionados podem ajudar à confusão. Contudo, com a luz da Palavra de Deus a iluminar o caminho à nossa frente, podemos progredir.

     Por conseguinte, comecemos pelo início. Mas onde é o início? Tenho mais de 50 livros na minha biblioteca pessoal que apresentam vários planos sobre como crescer rumo à maturidade espiritual.

“O ponto inicial [da vida Cristã] tem de ser o próprio Deus.”

     Alguns começam com a obediência a Deus como primeiro passo no crescimento Cristão. (Espero que ao concluir esta série saiba porque é que este não pode ser o ponto inicial.) Um outro escritor começa com a confissão, um outro com a adoração. Cada um deles tem as suas razões, porque o seu método ou meio é o ponto inicial lógico para uma vida mais profunda ou um relacionamento com Deus.

     Mas o ponto inicial da vida Cristã não jaz em nós ou em algo que façamos, como também acontece com a salvação. O ponto inicial tem de ser o próprio Deus. Dê ouvidos à Palavra de Deus e permita que o Espírito Santo lhe fale.

     “Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1:6).

     Toda a obra de natureza espiritual é obra de Deus. A nossa salvação foi o começo dessa boa obra dentro de nós. A salvação é o ponto inicial da nossa vida espiritual. Uma vez começada a nossa peregrinação espiritual, será Deus que a completará. O dia de Jesus Cristo é o dia em que compareceremos diante d’Ele no céu. Portanto tudo o que é de natureza espiritual, que se interpõe entre a nossa salvação e a nossa ida para o céu, também é obra de Deus!

 

 

                         Continua.........................